Aguardando, apenas, o start dos donos do jogo

Leia o artigo de nossa Ceo, Marici Ferreira, sobre games e licenciamento de marcas e entenda o potencial dessa junção, ainda pouco explorada pelos donos do jogo!

Os gamers estão prontos para novas conexões. A maioria dos games, não!

A boa notícia é que há companhias ensinando como se faz

Recebo, semanalmente, ligações de empresas interessadas em saber mais sobre o mercado de games e quais marcas indico para parcerias de licenciamento.

Esse é um nicho relativamente novo para nós. Não sobre a categoria em si, mas sobre como executar essa parceria entre marca e produto.

O que sabemos é que o licenciamento de marcas oferece muitas oportunidades para desenvolvedores, editores e proprietários de games. Para você ter uma ideia, a Licensing International avaliou o mercado global em US $ 280 bilhões em 2018, um aumento anual de 3,2% e o quinto ano consecutivo de crescimento do setor. Os royalties também aumentaram 4%. Falando exclusivamente em games, são US $ 20,68 bilhões, um aumento de 6,1%.

Unir o licenciamento – que oferece diferencial competitivo e apresenta-se como uma ótima ferramenta de aumento de vendas, ao crescente segmento de jogos online é, teoricamente, receita de sucesso. MAS, e o mas aqui é em caixa alta mesmo, o olhar dos profissionais envolvidos com o desenvolvimento, o marketing e as vendas dos jogos não estão, infelizmente, focados em criar um contexto para que o game já nasça com essa área estratégica.

Alguns dizem que o faturamento com licenciamento será baixo em comparação a venda do próprio game, bem como outras ações que o envolve. Esse posicionamento empobrece a abrangência da marca, sabia?

Afinal, para os desenvolvedores, a criação de jogos já com propriedade intelectual interna ajuda a pensar no licenciamento como uma plataforma de marketing ou extensão de marca. Portanto, licenciar o jogo aumenta o reconhecimento da marca para vender mais jogos e para expandir para novas categorias e canais, ampliando também a capacidade de descoberta da marca, a interação com novos consumidores e a criação de receita adicional ​​para financiar futuros ciclos de desenvolvimento.

E mesmo com todos esses prós, a indústria de jogos tem sido um pouco mais lenta do que outras. Será porque a transição para o mundo digital é relativamente recente e, ainda, não se deram conta que a maneira como os consumidores interagem com o entretenimento mudou completamente?

Entendemos que com as plataformas on demand os espectadores costumam assistir a temporadas completas em questão de dias ou semanas e depois seguem em frente. Isso dificulta o desenvolvimento de uma conexão emocional, essencial para a venda de mercadorias licenciadas.

Até nesse contexto os jogos têm vantagem; a quantidade de tempo em que os jogadores passam imersos no jogo. Além disso, a maioria dos jogadores fica com um “título” por um longo tempo para melhorar sua performance.

O que também aumentou a relevância dos games é o aspecto social; jogos multiplayer massivos permitem que os jogadores conheçam novas pessoas e façam amizades online com outros jogadores.

A boa notícia é que há companhias ensinando como se faz! “Sonic The Hedgehog”, “Mario Brothers“, “Call of Duty“, “Overwatch”, “Roblox”, “Halo”, “Minecraft”, “LEGO Star Wars” e Playstation são algumas das marcas que servem como exemplo na construção de programas de licenciamento bem-sucedidos.

A principal licenciada em brinquedos da Activision Blizzard é a Hasbro. Já a IMG é o agente mundial de licenciamento da Epic para “Fortnite“. O filme Angry Birds 2 que estreia em outubro, aqui no Brasil, já conta com muitas ações e linhas de produtos licenciados coordenadas pela Tycoon 360.

Uma marca de jogos que está muito à frente no que diz respeito ao licenciamento é o Pokémon, que usou conteúdo (como “Pokémon Go”) e produtos para envolver novos consumidores com a marca que pode ser encontrada em tudo, desde Converse, itens colecionáveis ​​e guloseimas.

No entanto, os desenvolvedores normalmente não pensam no potencial de licenciamento de um jogo enquanto ele está em desenvolvimento; eles pensam na jogabilidade e na história, mas é necessário ir além, buscando também a abordagem para produtos de consumo. Feito isso, o game já nasce em plataforma 360º e com timing ajustado para o sucesso!

Enfim, o potencial de consumo é imenso.

Aguardando, apenas, o start dos donos do jogo.

 

 

 

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